Reportagem fotográfica chocante sobre o câncer

25.6.12


Hello people!


Hoje o post é longo.
Assim, caso vc esteja com pressa, recomendo que volte com calma e leia as informações antes de ir direto para as fotos.

Antes de mostrar as imagens, seguem algumas informações importantes.
Vc se sabe o que é o Prémio Pulitzer?
Confesso que só fui entender a importância desse prêmio no primeiro ano da faculdade.

O Prémio Pulitzer é um prêmio americano outorgado a pessoas que realizam trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e música. 
É administrado pela Universidade da Colúmbia em Nova York e foi criado em 1917 por desejo de Joseph Pulitzer que, na altura da sua morte, fez uma doação em dinheiro à universidade. 
Parte do dinheiro foi usado para iniciar o curso de jornalismo, em 1912.
O primeiro Prémio Pulitzer foi dado em 4 de Junho de 1917, e é anunciado sempre em abril. Os indicados são escolhidos por uma banca independente.
Os prêmios são anuais e divididos em 21 categorias. Em vinte delas, os vencedores recebem dez mil dólares em dinheiro e um certificado.
O vencedor na categoria Serviço Público de Jornalismo ganha uma medalha de ouro e o prêmio sempre vai para um jornal e não um indivíduo.
Apenas matérias e fotografias publicadas por jornais nos Estados Unidos são elegíveis pelo prêmio de jornalismo.
No Brasil, um dos equivalentes ao Prémio Pulitzer é o Prêmio Esso.


As imagens, que vc logo verá a seguir, são de autoria da fotógrafa  Renée C. Byer ganhadora do Prémio Pulitzer em 2007.
Para que vc entenda o trabalho desta fotógrafa, leia a matéria que foi publicada no jornal espanhol El Mundo em 2007. 
Matéria original clique aqui

*por Isabel Perancho

"Quando você olha para o rosto de alguém com câncer, você não pode fazer idéia do que está além da quimioterapia e da radioterapia. A natureza humana se recusa. Mas a vida real está acontecendo nos lares em todo o país, onde mais de um milhão de pessoas são diagnosticadas a cada ano. Cyndie French e seu filho Derek abriu as portas de suas vidas por um ano e partilhou a sua história."
E assim começa o documento dramático e comovente ao qual foi atribuído, este ano, o prêmio Pulitzer de melhor ensaio fotográfico.

Cynthia Hubert e a fotógrafa Renée C. Byer foram convidadas a testemunhar a luta de Cyndie, uma mulher americana de 40 anos e mãe solteira de cinco filhos, contra o neuroblastoma, um tumor maligno comum em crianças e que custou a vida de Derek, o caçula de seus jovens.
As duas repórteres foram testemunhas durante todos os meses de todos os aspectos que envolveram o tratamento médico e o impacto do câncer na vida familiar. O resultado final é um relato surpreendente, polêmico por conta da dureza de algumas imagens, porém um exemplo de amor e coragem.

O encontro de Cyndie French, Cynthia Hubert e Renée C. Byer foi em maio de 2005, seis meses depois de Derek ter sido diagnosticado com neuroblastoma, um dos tumores sólidos mais comuns na infância. As jornalistas francesas foram convidadas a observar todos os detalhes do cuidado do menino, que na época tinha 10 anos e documentar o impacto da doença sobre ele e sua família.
Durante o ano seguinte, Hubert e Byer compartilharam incontáveis ​​horas com Derek, família e amigos em casa, em suas viagens ao exterior, em visitas a hospitais, durante transfusões de sangue, cirurgias e outras terapias.


O resultado deste "voyeurismo" sem precedentes é "A Mother´s Journey" (Uma jornada de uma Mãe), uma série extraordinária de quatro relatórios que refletem os últimos meses da criança e que foi publicado no "Sacramento Bee", um jornal da cidade californiana Sacramento (EUA). As repórteres testemunharam, através de palavras, imagens e vídeos a progressiva degeneração sofrida pela criança e os estragos que o câncer provoca na dinâmica familiar e na economia doméstica.

Cyndie teve que vender o seu negócio, enviou sua filha caçula, de 6 anos, para viver com seu pai e foi obrigada a negligenciar seus filhos mais velhos, que por sua vez, começaram a ter problemas acadêmicos e que depois saíram de casa. Derek morreu em 10 de maio de 2006.

Dor, angústia, raiva, desespero e impotência são alguns dos sentimentos que o jornalismo espetacular desenvolvido pelas repórteres retratou. Algumas imagens impressionam por sua extrema dureza. Mas a coragem, amor, devoção, fé, esperança e coragem de Cyndie também permeiam o documento. Ela só se separava de Derek para se envolver em atividades de caridade para pacientes com câncer.

“Como repórter me esforço para buscar histórias que ajudem a sensibilizar sobre os menos favorecidos. Era importante contar esta, porque se investem milhões de dólares na investigação do câncer, porém nada fazem para ajudar as famílias a enfrentarem o sofrimento emocional e financeiro que têm um filho em estado terminal”, afirma Renée C. Byer.

“Senti que era importante mostrar para as pessoas o que acontece realmente e não ficar escondendo por trás de uma aparência de normalidade” – Declarou Cyndie French, a mãe do garoto, ao “Sacramento Bee”, para explicar os motivos da exposição pública de sua intimidade. French, que ainda recebe ajuda psicológica para superar a perda do seu filho, criou uma fundação em sua memória “O desejo de Derek” – www.Dereks-wish.com - com a finalidade de ajudar as famílias que passam por situações semelhantes.


Muitos acusam a mãe do garoto de exibicionismo e questionam:
“É necessário mostrar a agonia de um garoto para sensibilizar a sociedade?”
Qual é sua opinião sobre isso?

Lee C. Bollinger, presidente da Universidade da Columbia,
entrega o Prémio Pulitzer 2007 a Renée C. Byer 

Bom, se vc leu até aqui talvez esteja preparada (o) para as fotos. 
Fotos em P&B, clique aqui
Vídeo com fotos coloridas e depoimento de Cyndie French, aqui


Desejo a vc uma semana abençoada e muito produtiva.
Grande BjO

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7 comentários

  1. “É necessário mostrar a agonia de um garoto para sensibilizar a sociedade?”
    A sociedade sim... mas e os nossos governantes? o que sensibilizaria eles?
    Vi as fotos e não tem como não se emocionar.
    beijos

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  2. Não vi as fotos e não verei, não me sinto preparada, mas acho um trabalho importante o que esta reporter fez, porque a conscientização passa pela informação, pela explicação dos fatos. Muitas vezes, só as imagens são capazes de transmitir o que se quer.

    beijoooo

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  3. E a gente aqui chorando por causa de uma unha quebrada...Vergonha!

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  4. Estou sempre lendo pessoas reclamando de cansaço,por causa dos trabalhos cotidianos, jurando que não vão dar conta. Que essas pessoas possam ver o que verdadeiramente lutar a cada dia e ainda sorrir.

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  5. Nossa Vera que lindo post, eu vi as fotos sim!
    Acho que é uma realidade e está logo ali a nossa frente!!!
    O pior é fingir que não existe, me emocionei e nem dá pra imaginar a dor dessa mãe...
    Bj

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  6. Saudações Vera! Quem já perdeu um ser querido e amado para essa doença sente na pele a esperança ao ver um sorriso de desejo, de retornar a jogar bola, de retornar a dar aula... de viver! Beijos e abraços

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  7. DEVASTA E ACORDA,PARABENS
    PESAMES A SRA Cyndie French,

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